“Onde está seu irmão Abel?”
Caim respondeu: “Não sei. Quem disse que sou a babá dele?”. Nesta história de assassinato, gerada pela inveja do sacrifício do irmão, tem um princípio muito importante para nossas vidas. Caim era o mais velho, portanto tinha uma responsabilidade sobre seu irmão mais novo. A criação humana foi gerada por Deus com uma essência chamada relacionamento e prestação de contas. Perceba que ao cair da tarde Deus visitava Adão e é permitido conceber que nesta visita, neste relacionamento havia uma prestação de contas do ocorrido naquele expediente. Por certo Deus perguntava a respeito da Criação, aos nomes que Adão havia dado e ao domínio em que recebera esta responsabilidade. Quando estudamos este texto é interessante o quanto Caim queria se desvencilhar da sua responsabilidade como Protetor, como Mentor, como co-responsável por seu Irmão Abel. Esta mesma responsabilidade é percebida, através do sentimento quase que certo, quando o irmão mais velho de José tenta o proteger da ação invejosa dos outros irmãos quando eles desejam enterrar os sonhos de José. Aprendo que as visitas a Adão, ao cair da tarde, o questionamento de Deus a Caim sobre o paradeiro de Abel é a autenticação de como devemos viver em prestação de contas. Óbvio que esta prestação precisa ser simultânea e recíproca, pois existem líderes formatados pelo modelo grego de liderança que se acham somente na obrigação de receberem as informações, porém não estão predispostos a informar seus liderados. Agem como se tivessem uma vida livre, como se fossem acima dos outros e não precisassem prestar contas àqueles que estão sob sua liderança. No mundo somos ensinados desde cedo a ter nosso próximo como concorrente e quando digo isto não quero me fechar somente no campo profissional, mas percebemos isto na área profissional, acadêmica, ministerial e familiar onde muitos têm a mesma atitude de Caim – assassinam seu próximo, eliminam aqueles que são considerados seus inimigos, matam suas histórias com atitudes tão egoístas e alguns ainda são tão corajosos e audaciosos que são capazes de usar o nome de “deus” para justificar sua ação. Voltando ao questionamento de Deus sobre a prestação de contas de Caim sobre Abel, reforço que precisamos colocar em prática este princípio e não nos aborrecer quando nos questionarem sobre o paradeiro de nossos irmãos, sobre a forma que administramos os recursos financeiros (principalmente quando estes pertencem a terceiro), como exercermos nosso papel de liderança e baseado no princípio da semente podemos afirmar que se semeamos falta de prestação de contas colheremos o fruto da desinformação e não poderemos reclamar. Muito cuidado, toda predisposição para não prestar contas se resultará em uma vida de mendigo, um vida de um andarilho, pois se você parar e analisar tais pessoas, perceberá que elas querem ser donas do próprio nariz, não querem prestar contas a ninguém, viver de forma que não precisam de hora para levantar, hora para comer, hora para trabalhar, hora para estudar, hora para se relacionar. Aprendo que quando em uma destas áreas estamos motivados a não prestar contas é um pequeno sinal que no futuro poderemos nos tornar mendigos em tal área. Perceba que pessoas que tem dificuldade em cumprir horário, em cumprir contratos, em cumprir suas obrigações terão maior dificuldade do que as que têm esta prática como principio. Sendo assim quando lhe perguntarem sobre onde está Abel não se esquive e compreenda que ele esta sob sua tutoria.
Pr. Enoque Calo
OBPC Tatuapé/SP
caloconsultoriafinanceira@gmail.com
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